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Viajar de avião vai ficar 50% mais caro, sinaliza associação internacional do setor

Quarta, 20 Maio 2020

Viajar em avião será mais complicado, mais demorado e até 50% mais caro, na esteira da pandemia, sinalizam analistas e a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata).

Quando os países reabrirem as fronteiras, a demanda será baixa nos primeiros meses, a competição acirrada e alguns preços poderão ser baixos. Mas logo as restrições sobre número de assentos e utilização da aeronave vão aumentar os custos e, em consequência, o preço da passagem para se chegar ao “breakeven” (ponto de equilíbrio).

As companhias serão pressionadas a manter o distanciamento social. Isso poderá obrigá-las a deixar desocupada a poltrona do meio numa fileira de três, por exemplo. A Iata luta contra essa medida, alegando que os riscos de contaminação a bordo são pequenos. Para a entidade, basta o passageiro cobrir o rosto com a máscara.

Com menos assentos à venda, os custos unitários das companhias aéreas aumentarão fortemente. Nesse cenário, as tarifas aéreas deverão crescer dramaticamente de 43% a 54% em relação a 2019, conforme a região, somente para cobrir os custos, segundo a Iata.

Na América Latina, o coeficiente de ocupação de equilíbrio é de 79%. No caso de redução dos assentos, com um limite de 62% de ocupação, o preço da passagem na região terá de aumentar 50%. O custo médio de uma passagem pula de US$ 146 antes da pandemia para US$ 219 no futuro próximo na região, conforme cálculos da Iata. O custo seria 43% maior na África e Oriente Médio e 54% na Asia-Pacífico.

 

Fonte: Valor Investe