Ainda sem dados oficiais para medir o impacto da crise do novo coronavírus no mercado de trabalho, entidades setoriais tentam mapear como empresários têm reagido a esse choque. Pesquisas de associações apontam que a demissão não é a primeira opção dos empregadores, embora em muitos casos ela não tenha sido evitada.
Levantamento da associação da indústria de máquinas e equipamentos (Abimaq) feito entre 30 de março e 3 de abril a partir de uma amostra de associadas aponta que 21,5% demitiram parte de seus funcionários (cerca de 16,4% do quadro) em razão da pandemia. Foram cerca de 11 mil postos diretos fechados, ou 3% dos trabalhadores do setor. A medida mais citada, por 63% dos empresários, porém, foi o oferecimento de férias individuais, para 27% dos funcionários.
Com 86% dos fabricantes relatando piora na atividade, o temor é que o número de demissões cresça significativamente. Segundo José Velloso, presidente-executivo da Abimaq, a estimativa atual é que o contingente chegue a 50 mil desempregados diretos e 150 mil indiretos.
Fonte: Valor Investe